quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Cerveja de manhã, SIM!

E de preferência uma hefeweizen!

No calor do final do verão, quando meio mundo parece ter saído da cidade de férias, um copo de cerveja de trigo ao fim da manhã pode ser outro tipo de saída agradável. Na Bavária, lar do estilo hefeweizen de se fazer a cerveja de trigo, esse refresco é um componente essencial do brotzeit, ou segundo café da manhã.


O brotzeit pode consistir de um pouco de pão com queijo ou, melhor ainda, um pretzel fresco; talvez salsicha de vitela; alguns nabos brancos compridos, e uma hefeweizen.
Em alemão, hefeweizen quer dizer levedo de trigo, pois essa cerveja tradicionalmente dispensa filtragem, deixando-se as pequenas partículas de sedimento de levedura para que a cerveja dourada fique turva. Pode ser essa sugestão de solidez o que leva os alemães a se referirem ocasionalmente à hefeweizen como "pão engarrafado".
Os americanos podem ver com desconfiança um copo de cerveja antes do meio dia, mas a hefeweizen é leve, crocante, pouco alcoólica, inegavelmente refrescante e, creem os alemães, boa para a digestão.
Não importa a que hora do dia, no entanto, o estilo hefeweizen tornou-se popular entre os consumidores americanos, cuja própria contribuição à tradição foi servir a cerveja com uma lâmina de limão na borda do copo, mergulhado numa espuma que deve ser um tanto rústica.
Também as cervejarias americanas estão se interessando pela hefeweizen, que é só um estilo específico entre muitas outras cervejas de trigo. A kristalweizen é similar à hefeweizen, mas foi filtrada, então é transparente. A berliner weisse é agradavelmente azeda, a dunkelweizen é uma versão mais escura da hefeweizen, enquanto a weizenbock é mais escura e poderosa.
A Bélgica também tem sua miríade de witbiers, crocantes, vivazes, também sem filtro e geralmente aromatizadas com ervas e especiarias.
Outra coisa que distingue as hefeweizens são os aromas pronunciados, em geral de cravo, mas também de banana, maçã, cítricos, fumaça e mesmo de chiclete. Não se trata aqui da ladainha dos aromas frutados que em geral torna as descrições de vinhos tão cômicas em sua especificidade, mas uma coleção de aromas distintos que sempre aparecem. Podem ser diferentes quanto à sua proporção e intensidade, mas sempre identificam o estilo como hefeweizen.
E aí? Vai encarar o Brotzeit?

Fonte: The New York Times

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